segunda-feira, novembro 06, 2006

Diz que é uma seca de programa - A semana passada não vi mas já tinha ouvido dizer mal. Ontem não perdi o Gato Fedorento nos novos moldes para saber ao certo do que se trata. Ou para poder passar à crítica.

Para um confesso fã dos outros formatos de programa, confesso que fiquei muito pouco impressionado com este novo. Talk-show com público a assistir, uns sketches que salvam a honra do convento intercalados com piadas fracas de encher chouriços, interacção com convidados, variedades e música a fechar. Se bem que desta vez, o David Fonseca esteve intocável a tocar Mónica Sintra em inglês.

Agora, tudo se resume a fazer trocadilhos com a actualidade, como se se tratasse de uma espécie de contrainformação mas sem os bonecos. Ou a achincalhar figuras públicas. Não que desgoste de caricaturas. Aliás, a do Paulo Bento estava brilhante. Não gosto é só de caricaturas.

No geral, fraco. Por muito que me custe dizer. Eu sei que estas coisas de repetir sempre a mesma fórmula são difíceis, o público satura e começa a surgir a pressão para voos mais altos. Ainda para mais se tivermos em linha de conta o sucesso que foram as séries anteriores.

Não resulta. E, o pior, é que normalmente não há um retrocesso. Uns tipos que passaram de uma produção minúscula para um programa com público e convidados, regra geral não voltam para uma produção mais pequena, mesmo que não chegue ao cúmulo da da Sic Radical.

E é pena porque com parca necessidade de agradar, o resultado final era muito melhor. Mesmo na série anterior na RTP, onde os meios não eram assim tão escassos como no canal de cabo. Poderá ser muito mau agoiro da minha parte: espero que não se tornem em mais uns Herman José.