Aborto reprise ou curta adenda – Que é como quem diz, para os dotados com a sagrada virtude da paciência, confrontar com o texto de dia 1 de Novembro do ano passado.
1. A actual lei do aborto com as excepções que prevê, está basicamente a dizer que as vidas geradas por violações ou as vidas deficientes são menos vidas que todas as outras vidas. Porque as vidas mesmo vidas não podem ser terminadas. É nesta incongruência, que me parece digna de uma eugenia, em que caem os defensores deste não-a-fugir-para-o-talvez que existe actualmente.
2. Há ainda a questão possível arrependimento a muito curto prazo: não é ilegal ir no dia seguinte a correr à farmácia, estilo ai ai ai ó tio ó tio, para resolver o problema com uma daquelas pílulas. Ou seja, é o raio temporal de eficácia deste contraceptivo que demarca o período de tempo a partir do qual passa a ser ilegal pôr termo a uma vida. E isto tudo sem tocar na discussão de que qualquer método contraceptivo pretende impedir uma vida de nascer: talvez para outro reprise, terceiras núpcias.
1+2 = 3. Não deve haver muitas coisas em que as posições extremas sejam justificáveis ou melhores. Em relação ao aborto, parece-me que não há outra hipótese possível sob pena de tropeçar neste tipo de ilógicas. E é por isso que, por muito retrógrada que eu ache que possa ser a posição da Igreja neste assunto, curiosamente, parece-me mais coerente do que a do Estado Português.
1. A actual lei do aborto com as excepções que prevê, está basicamente a dizer que as vidas geradas por violações ou as vidas deficientes são menos vidas que todas as outras vidas. Porque as vidas mesmo vidas não podem ser terminadas. É nesta incongruência, que me parece digna de uma eugenia, em que caem os defensores deste não-a-fugir-para-o-talvez que existe actualmente.
2. Há ainda a questão possível arrependimento a muito curto prazo: não é ilegal ir no dia seguinte a correr à farmácia, estilo ai ai ai ó tio ó tio, para resolver o problema com uma daquelas pílulas. Ou seja, é o raio temporal de eficácia deste contraceptivo que demarca o período de tempo a partir do qual passa a ser ilegal pôr termo a uma vida. E isto tudo sem tocar na discussão de que qualquer método contraceptivo pretende impedir uma vida de nascer: talvez para outro reprise, terceiras núpcias.
1+2 = 3. Não deve haver muitas coisas em que as posições extremas sejam justificáveis ou melhores. Em relação ao aborto, parece-me que não há outra hipótese possível sob pena de tropeçar neste tipo de ilógicas. E é por isso que, por muito retrógrada que eu ache que possa ser a posição da Igreja neste assunto, curiosamente, parece-me mais coerente do que a do Estado Português.
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