domingo, agosto 12, 2007

««o homem para quem o mito é um mito é o homem que já rompeu com o mito»(G. Gusdorf). Fomos nós pois que o inventámos como tal, como inventamos a infância quando chegamos a adultos. Mas na infância não há infância. Eis porque ninguém pode ter saudades da infância, porque não se podem ter saudades do que só existe quando já não existe.»

«O que a saudade pretende não é recuperar o passado e a sua realidade, mas o que nele é irreal. Porque o passado não é irrecuperável apenas por ser passado, mas porque o que nele vive é o que nunca se viveu.»

Invocação ao meu corpo, Vergílio Ferreira