quarta-feira, março 26, 2008

O potencial de absorção - de um miúdo de na escola primária é impressionante. Está para as palavras do professor como uma esponja sequinha para líquidos. O rol de coisas que memorizei nessa altura é bastante extenso, vai do alfabeto à tabuada.

Um dos temas clássicos desta fase escolar são os plurais, sobretudo os irregulares. Os que - não há outra forma – precisamos mesmo de decorar. Cão e cães, capitão e capitães, qualquer e quaisquer, mão e mãos. Tendo como justificação este último, lembro-me distintamente da minha professora da terceira e quarta classe, a Dona Amélia, falar em corrimão e corrimãos.

Por isso, quando algures no Rio das Flores li o “corrimões” que o Miguel Sousa Tavares lá escreveu, senti uma certa comichão. Fui investigar. O dicionário online da Texto Editores, o Priberam, garante que existem as duas versões, a da minha professora e a do Miguel.

Mas, muito certamente culpa da Dona Amélia, “corrimões” soa muito mal.