domingo, julho 27, 2008

Quando momentaneamente acordo da letargia de conduzir no Túnel do Marquês, pergunto a mim próprio se não seria mais rápido ir pela superfície. É certo que há os semafóros. Mas debaixo da terra há os radares que inibem andar mais rápido que cinquenta, uma velocidade que, naquele asfalto novo e cuidado, embala suavemente e canta canções de adormecer. A morte da bezerra. Pior só mesmo ficar atrás daquela estirpe de condutores que, por precaução, vão abaixo dos quarenta não vá a maquineta das multas pregar-lhes uma partida de mau gosto, o seguro morreu de velho. Nesses casos, a velocidade é demasiado baixa para adormecer, sequer para que possa produzir-se qualquer tipo de acção.