domingo, agosto 31, 2008

Chamam sempre ao vencedor dos 100 metros o homem mais rápido do mundo. Está errado. Ele é o homem mais rápido do mundo mas a correr aquela distância. A correr os dez mil ou a maratona ao lado dos especialistas já não seria nada parecido com Lightning Bolt.

quinta-feira, agosto 28, 2008

No melhor pano

«O Mercedes SLK prateado de Reinhold afasta-se de Bolzano a grande velocidade, encaminhando-se para as montanhas, rumo a Schloss Juval, o castelo onde vive. Um estranho porta-chaves balouça na ignição do carro: uma garra de animal, agarrada a uma mecha de pêlo cor de areia. “É uma garra de iéti”, explicou Reinhold, rindo. A Quarta Fase do itinerário de Messner pela vida foi dedicada às montanhas e mitos sagrados, incluindo a busca do lendário iéti, ou abominável-homem-das-neves dos Himalaia.»

National Geographic

terça-feira, agosto 26, 2008

No futebol há centrais, laterais defesas, médios defensivos, trincos, guarda-redes, pontas-de-lança, extremos, números-dez e décimo-segundo jogador; no andebol há guarda-redes, centrais, laterais, pontas e pivots; no basquetebol há os postes, os bases e os extremos, no voleibol há distribuidor; no rugby há pilar, segunda-linha, hooker, asa, ponta, fullback; no baseball há batters, pitchers.

Só mesmo quando escreverem um kama sutra sobre desporto é que eu vou perceber estas posições todas.

segunda-feira, agosto 25, 2008

Politiquice e Volta a Portugal - O Jardim bem quer aumentar a distância ao pelotão da entrevista-dada-no-local-e-com-a-indumentária-mais-caricatos ao prestar declarações em tronco nu, entre dois mergulhos na praia. Mas não consegue. Ainda não chega. Na minha cabeça, o camisola amarela ainda é o Major a falar com os jornalistas à porta de casa em roupão e chinelos.

sábado, agosto 23, 2008

Separados à nascença


quinta-feira, agosto 21, 2008

Hoje não podia ser outra

quarta-feira, agosto 20, 2008

De cada vez que ouço o assobio do David Fonseca - no último single acho que ele está cada vez mais próximo de iniciar uma carreira na construção civil. Só falta treinar as frases de gosto duvidoso.

terça-feira, agosto 19, 2008

"Acho que mostrei aquilo que vali"

segunda-feira, agosto 18, 2008

As coisas estranhas que se fumam na Jamaica - fazem com que os jamaicanos voem. Literalmente.



domingo, agosto 17, 2008

O preço do ouro subiu bastante no último ano e os especialistas atribuem a culpa à crise financeira internacional e às características de activo de refúgio do metal. Estão errados. O ouro valorizou a partir do momento em que os chineses, no final do ano passado e início deste, começaram a cunhar as medalhas para este mês de Agosto.

sábado, agosto 16, 2008

As atletas de marcha, normalmente, não marcham nada bem. Já as do heptatlo, por sua vez, não marcham nada mal...

sexta-feira, agosto 15, 2008

Acredito em protectores solares produzidos no Reino Unido quase tanto como material para ski made in República Dominicana. Agora se fossem chapéus de chuva, a história seria outra.

quinta-feira, agosto 14, 2008

Nunca gostei de jogos de computador. Exigem muito esforço e dedicação para passar as intermináveis armadilhas e inimigos. Duas, três tentativas infrutíferas e desligo o computador, enfastiado com o melão de ser batido por um objecto tão irritantemente certinho como é um PC.

Um dos poucos que cheguei a jogar foi o Prince of Persia. Uma das razões para que tal acontecesse foi, seguramente, um crack que existia para o jogo e que anulava a restrição temporal, dava vidas ilimitadas e permitia começar no nível que se pretendesse sem ter forçosamente que completar os anteriores.

Foi obviamente a única forma de conseguir chegar ao 12º nível, o último de todos, aquele em que o desfecho da história podia dar-se, caso as provas fossem superadas.
A primeira era a difícil escalada de inúmeros patamares: um passo mal calculado e o herói caía de uma altura considerável, eram necessários vários ecrans para completar todo o trajecto até ao chão esborrachante. A segunda prova era uma espécie de salto de fé: chegado a um sítio onde um salto não era suficiente para cobrir a distância até ao próximo apoio, o jogador tinha que arriscar dar um passo no vazio para, surpreendentemente, ver o chão completar-se à sua frente e não permitir outra queda aparatosa.

Depois desta demonstração de credulidade, vinha a parte que eu gostava mais. De repente, à frente do pequeno bonequinho branco, aparecia um exactamente igual mas transparente. Um passo em frente e também ele fazia o movimento simétrico. Programado para admitir que todos bonequinhos que cruzassem o caminho eram inimigos, lembro-me que a minha primeira reacção foi desembainhar a espada, acto imediatamente seguido pelo adversário. Treinado na esgrima de teclado, se bem me lembro, a saber, shift para a atacar, cursor para direccionar a estocada, iniciava a investida.

Porém, para meu espanto, a cada um dos meus golpes bem sucedidos, com tanta destreza, acumulada em inúmeras sessões, o espadachim transparente devolvia-me igual e certeiro tratamento, algo que não costumava acontecer com os normais adversários. Pior ainda, rapidamente acumulava danos mortais e acabava em posição fetal no chão cinzento.

Não sei quanto tempo demorou até se fazer luz e conseguir perceber que à minha frente estava, afinal, a minha própria sombra de herói de linha de código e 256 cores VGA. E que, portanto, de cada que acertava na minha sombra, acertava também no boneco colorido.

E isto levantava uma questão importante: se não o podia atacar, então como ultrapassar esta prova tão sui generis? A resposta, para estas coisas, é sempre a solução mais fácil e, por isso, mais difícil. Caminhar até colidir com a sombra que, no momento do contacto, se unia ao bonequinho branco e se tornavam uma só entidade.

Bonito. Poético. A partir daqui, o herói está pronto para o derradeiro combate com o mauzão da fita, aquele que era o espadachim mais difícil de derrotar. Depois deste último estar no chão curvado sobre a espada, o caminho abria-se até à cela da princesa que, perante a visão do bonequinho branco amado, se derretia em abraços e beijinhos.


Quantos anos teria eu na altura, não sei. Pouco mais de dez e seguramente que ainda não atingira o estatuto de adolescente. Talvez por isso só mais tarde tenha efectivamente digerido aquele reencontro do herói com a sua sombra. Percebi-o na mesma altura em que se tornou óbvio para mim que não vale a pena lutar comigo próprio.

É que perco sempre.

quarta-feira, agosto 13, 2008

Muitos restaurantes têm pratos do dia. Mas nunca da pratos da noite.

segunda-feira, agosto 11, 2008

Não é só a nadar que o Phelps parece um peixe. Aquele prognatismo na boquinha grande fá-lo parecer uma autêntica faneca.

terça-feira, agosto 05, 2008

Ai se me fosse dada a oportunidade de mudar nomes de terras portuguesas – Fraldas da Rainha

segunda-feira, agosto 04, 2008

«Swann, lui, ne cherchait pas à trouver jolies les femmes avec qui il passait son temps, mais à passer son temps avec les femmes qu’il avait d’abord trouvées jolies.»

Un amour de Swann, Marcel Proust