sexta-feira, agosto 31, 2007
quinta-feira, agosto 30, 2007
L. do D. #3 - «Hesito em tudo, muitas vezes sem saber porquê. (...) Nunca tive a arte de estar vivo activamente. Errei sempre os gestos que ninguém erra; o que os outros nasceram para fazer, esforcei-me sempre para não deixar de fazer. Desejei sempre conseguir o que os outros conseguiram quase sem o desejar. Entre mim e a vida houve sempre vidros foscos: não soube deles pela vista, nem pelo tacto; nem a vivi essa vida ou esse plano, fui o devaneio do que quis ser, o meu sonho começou na minha vontade, o meu propósito foi sempre a primeira ficção do que nunca fui.
Nunca soube se era de mais a minha sensibilidade para a minha inteligência, ou a minha inteligência para a minha sensibilidade. Tardei sempre, não sei a qual, talvez a ambas, a uma ou outra, ou foi a terceira que tardou.»
«Vive a tua vida. Não sejas vivido por ela. Na verdade e no erro,no gozo e no mal-estar, sê o teu próprio ser. Só poderás fazer isso sonhando, porque a tua vida real, a tua vida humana é aquela que não é tua, mas dos outros. Assim, substituirás o sonho à vida e cuidarás apenas em que sonhes com perfeição. Em todos os teus actos da vida real, desde o de nascer até ao de morrer, tu não ages: és agido; tu não vives: és vivido apenas.
Torna-te, para os outros, uma esfinge absurda. Fecha-te, mas sem bater com a porta, na tua torre de marfim. E a tua torre de marfim és tu próprio.
E se alguém te disser que isto é falso e absurdo não o acredites. Mas não acredites também no que te digo, porque se não deve acreditar em nada.»
«O homem não deve poder ver a sua própria cara. Isso é o que há de mais terrível. A Natureza deu-lhe o dom de não a poder ver, assim como de não poder fitar os seus próprios olhos.
Só na água dos rios e dos lagos ele podia fitar seu rosto. E a postura, mesmo, que tinha tomar, era simbólica. Tinha de se curvar, de se baixar para cometer a ignonímia de se ver.
O criador do espelho envenenou a alma humana.»
«Talvez o meu destino seja eternamente ser guarda-livro, e a poesia ou a literatura uma borboleta que, pousando-me na cabeça, me torne tanto mais ridículo quanto maior for a sua própria beleza.»
«É nobre ser tímido, ilustre não saber agir, grande não ter jeito para viver.»
Livro do Desassossego, Fernando Pessoa
Nunca soube se era de mais a minha sensibilidade para a minha inteligência, ou a minha inteligência para a minha sensibilidade. Tardei sempre, não sei a qual, talvez a ambas, a uma ou outra, ou foi a terceira que tardou.»
«Vive a tua vida. Não sejas vivido por ela. Na verdade e no erro,no gozo e no mal-estar, sê o teu próprio ser. Só poderás fazer isso sonhando, porque a tua vida real, a tua vida humana é aquela que não é tua, mas dos outros. Assim, substituirás o sonho à vida e cuidarás apenas em que sonhes com perfeição. Em todos os teus actos da vida real, desde o de nascer até ao de morrer, tu não ages: és agido; tu não vives: és vivido apenas.
Torna-te, para os outros, uma esfinge absurda. Fecha-te, mas sem bater com a porta, na tua torre de marfim. E a tua torre de marfim és tu próprio.
E se alguém te disser que isto é falso e absurdo não o acredites. Mas não acredites também no que te digo, porque se não deve acreditar em nada.»
«O homem não deve poder ver a sua própria cara. Isso é o que há de mais terrível. A Natureza deu-lhe o dom de não a poder ver, assim como de não poder fitar os seus próprios olhos.
Só na água dos rios e dos lagos ele podia fitar seu rosto. E a postura, mesmo, que tinha tomar, era simbólica. Tinha de se curvar, de se baixar para cometer a ignonímia de se ver.
O criador do espelho envenenou a alma humana.»
«Talvez o meu destino seja eternamente ser guarda-livro, e a poesia ou a literatura uma borboleta que, pousando-me na cabeça, me torne tanto mais ridículo quanto maior for a sua própria beleza.»
«É nobre ser tímido, ilustre não saber agir, grande não ter jeito para viver.»
Livro do Desassossego, Fernando Pessoa
terça-feira, agosto 28, 2007
Quando finalmente o Sporting - consegue livrar-se do Ricardo, arranja um subsituto que, sem frangos, faz erros técnicos.
domingo, agosto 26, 2007
sábado, agosto 25, 2007
L. do D. #2 - «Há muito tempo que não escrevo. Têm passado meses sem que viva, e vou durando, entre o escritório e a fisiologia, numa estagnação íntima de pensar e de sentir. Isto, infelizmente, não repousa:no apodrecimento há fermentação.
Há muito tempo que não só não escrevo, mas nem sequer existo. Creio que mal sonho. As ruas são ruas para mim. Faço o trabalho de escritório com consciência só para ele, mas não direi bem sem me distrair: por detrás estou, em vez de meditando, dormindo, porém estou sempre outro por detrás do trabalho.
Há muito tempo que não existo. Estou sossegadíssimo. Ninguém me distingue de quem sou. Senti-me agora respirar como se houvesse praticamente uma coisa nova, ou atrasada. Começo a ter consciência de ter consciência. Talvez amanhã desperte para mim mesmo, e reate o cursoda minha existência própria. Não sei se, com isso, serie mais feliz ou menos. Não sei nada. Ergo a cabeça de passeante e vejo que, sobre a encosta do Castelo, o poente opostoarede em dezenas de janelas, num reverbéro alto de fogo frio. À roda desses olhos de chama dura toda a encosta é suave ao fim do dia. Posso ao menos sentir-me triste, e ter a consciência de que, com esta minha tristeza, se cruzou agora – visto com ouvido – o som súbito do eléctrico que passa, a voz casual dos conversadores jovens, o sussuro esquecido da cidade viva.
Há muito tempo que não sou eu.»
«A arte é um esquivar-se a agir, ou a viver. A arte é a expressão intelectual da emoção, distinta da vida, que é a expressão volitiva da emoção. O que não temos, ou não ousamos, nou não conseguimos, podemos possuí-lo em sonho, e é com esse sonho que fazemos arte. Outras vezes a emoção é tal ponto forte que, embora reduzida à acção, acção, a que se reduziu, não a satisfaz; com a emoção que sobra, que ficou inexpressa na vida, se forma a obra de arte. Assim, há dois tipos de artista: o que exprime o que não tem e o que exprime o que sobrou do que teve.»
«Tenho construído em passeio frases perfeitas de que depois me não lembro em casa. A poesia inefável dessas frases não sei se será toda do que foram, se parte de não terem nunca sido.»
Livro do Desassossego, Fernando Pessoa
Há muito tempo que não só não escrevo, mas nem sequer existo. Creio que mal sonho. As ruas são ruas para mim. Faço o trabalho de escritório com consciência só para ele, mas não direi bem sem me distrair: por detrás estou, em vez de meditando, dormindo, porém estou sempre outro por detrás do trabalho.
Há muito tempo que não existo. Estou sossegadíssimo. Ninguém me distingue de quem sou. Senti-me agora respirar como se houvesse praticamente uma coisa nova, ou atrasada. Começo a ter consciência de ter consciência. Talvez amanhã desperte para mim mesmo, e reate o cursoda minha existência própria. Não sei se, com isso, serie mais feliz ou menos. Não sei nada. Ergo a cabeça de passeante e vejo que, sobre a encosta do Castelo, o poente opostoarede em dezenas de janelas, num reverbéro alto de fogo frio. À roda desses olhos de chama dura toda a encosta é suave ao fim do dia. Posso ao menos sentir-me triste, e ter a consciência de que, com esta minha tristeza, se cruzou agora – visto com ouvido – o som súbito do eléctrico que passa, a voz casual dos conversadores jovens, o sussuro esquecido da cidade viva.
Há muito tempo que não sou eu.»
«A arte é um esquivar-se a agir, ou a viver. A arte é a expressão intelectual da emoção, distinta da vida, que é a expressão volitiva da emoção. O que não temos, ou não ousamos, nou não conseguimos, podemos possuí-lo em sonho, e é com esse sonho que fazemos arte. Outras vezes a emoção é tal ponto forte que, embora reduzida à acção, acção, a que se reduziu, não a satisfaz; com a emoção que sobra, que ficou inexpressa na vida, se forma a obra de arte. Assim, há dois tipos de artista: o que exprime o que não tem e o que exprime o que sobrou do que teve.»
«Tenho construído em passeio frases perfeitas de que depois me não lembro em casa. A poesia inefável dessas frases não sei se será toda do que foram, se parte de não terem nunca sido.»
Livro do Desassossego, Fernando Pessoa
sexta-feira, agosto 24, 2007
quarta-feira, agosto 22, 2007
L. do D. #1 - Não sei se foi o mundo que fez o Pessoa assim, se foi o Pessoa que fez assim o mundo. Chego ao fim e, como acontece recorrentemente com muitas das coisas que gosto de ler, não sei explicar por que razão gosto. Até certo ponto, percebo que o autor escreva «E eu ofereço-te este livro porque sei que ele é belo e inútil. Nada ensina, nada faz crer, nada faz sentir.», exactamente da mesma forma que percebo «E porque este livro é absurdo, eu o amo; porque é inútil, eu o quero dar; e porque de nada serve querer to dar, eu to dou...». Mas só percebo porque «pus toda a alma em fazê-lo, mas não pensei nele fazendo-o, mas só em mim que sou triste e em ti que não és ninguém.»
O problema de retirar citações do Livro do Desassossego é que apetece copiá-lo praticamente todo. Contive-me e mesmo assim acabei com um post enorme. Acabei por recorrer ao bom senso e, portanto, nem retirei uma linha àquilo que tinha citado nem vou pôr nada gigantesco on-line: dividi em quatro postagens de tamanho aceitável. Aqui fica o primeiro.
«E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendênciapara ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre; fixo os mínimos gestos faciais de com quem falo, recolho as entoações milimétricas dos meus dizeres expressos; mas ao ouvi-lo, não o escuto, estou pensando noutra coisa, e o que menos colhi da conversa foi a noção do que nela se disse, da minha parte ou da parte de com quem falei. Assim, muitas vezes, repito a alguém o que já lhe repeti, pergunto-lhe de novo aquilo a que ele já me respondeu; mas posso descrever em quatro palavras fotográficas, o semblante muscular com que ele disse o que me não lembra, ou a inclinação de ouvir com os olhos com que recebeu a narrativa que me não recordava ter-lhe feito. Sou dois, e ambos têm a distância – irmãos siameses que não estão pegados.»
«Meditei hoje, num intervalor de sentir, na forma de prosa que uso. Em verdade, como escrevo? Tive, como muitos têm tido, a vontade pervertida de querer ter um sistema e uma norma. É certo que escrevi antes da norma e do sistema; nisso porém, não sou diferente dos outros.
Analisando-me à tarde, descubro que o meu sistema de estilo assenta em dois princípios, e imediatamente, à boa maneira de bons clássicos, erijo esses dois princípios em fundamentos gerais de todo o estilo: dizer o que se sente exactamente como se sente – claramente, se é claro; obscuramente, se é obscuro; confusamente se é confuso -; compreender que a gramática é um instrumento, e não uma lei.»
Livro do Desassossego, Fernando Pessoa
O problema de retirar citações do Livro do Desassossego é que apetece copiá-lo praticamente todo. Contive-me e mesmo assim acabei com um post enorme. Acabei por recorrer ao bom senso e, portanto, nem retirei uma linha àquilo que tinha citado nem vou pôr nada gigantesco on-line: dividi em quatro postagens de tamanho aceitável. Aqui fica o primeiro.
«E assim sou, fútil e sensível, capaz de impulsos violentos e absorventes, maus e bons, nobres e vis, mas nunca de um sentimento que subsista, nunca de uma emoção que continue, e entre para a substância da alma. Tudo em mim é a tendênciapara ser a seguir outra coisa; uma impaciência da alma consigo mesma, como com uma criança inoportuna; um desassossego sempre crescente e sempre igual. Tudo me interessa e nada me prende. Atendo a tudo sonhando sempre; fixo os mínimos gestos faciais de com quem falo, recolho as entoações milimétricas dos meus dizeres expressos; mas ao ouvi-lo, não o escuto, estou pensando noutra coisa, e o que menos colhi da conversa foi a noção do que nela se disse, da minha parte ou da parte de com quem falei. Assim, muitas vezes, repito a alguém o que já lhe repeti, pergunto-lhe de novo aquilo a que ele já me respondeu; mas posso descrever em quatro palavras fotográficas, o semblante muscular com que ele disse o que me não lembra, ou a inclinação de ouvir com os olhos com que recebeu a narrativa que me não recordava ter-lhe feito. Sou dois, e ambos têm a distância – irmãos siameses que não estão pegados.»
«Meditei hoje, num intervalor de sentir, na forma de prosa que uso. Em verdade, como escrevo? Tive, como muitos têm tido, a vontade pervertida de querer ter um sistema e uma norma. É certo que escrevi antes da norma e do sistema; nisso porém, não sou diferente dos outros.
Analisando-me à tarde, descubro que o meu sistema de estilo assenta em dois princípios, e imediatamente, à boa maneira de bons clássicos, erijo esses dois princípios em fundamentos gerais de todo o estilo: dizer o que se sente exactamente como se sente – claramente, se é claro; obscuramente, se é obscuro; confusamente se é confuso -; compreender que a gramática é um instrumento, e não uma lei.»
Livro do Desassossego, Fernando Pessoa
terça-feira, agosto 21, 2007
O melhor aspecto do regresso do Camacho - é, sem sombra de dúvida, voltar a ouvir-se castelhano nas conferências de imprensa do Estádio da Luz.
segunda-feira, agosto 20, 2007
Com o tanto que se tem falado - (e gozado) do cor-de-rosa do equipamento secundário do Benfica, não seria de esperar que as camisolas estivessem esgotadas e que as encomendas feitas actualmente só têm entrega prevista em final de Outubro, início de Novembro. Das duas uma: ou puseram poucas à venda ou os adeptos esvaziaram as lojas mais rapidamente do que o previsto. Independentemente de tudo, a estratégia de marketing é óptima.
domingo, agosto 19, 2007
Um dos maiores símbolos - da religião católica em Portugal (e até além fronteiras) tem, curiosamente, profundas raízes muçulmanas: Fátima foi o nome de uma das filhas de um senhora chamado Maomé, cuja relevância no mundo árabe está acima de qualquer suspeita.
sábado, agosto 18, 2007
Fim-de-semana em pira funerária – as pessoas mais receptivas a questionários são mães solteiras com bebés: ficam desejosas que alguém fale com elas, mortas por uma conversa de adultos que quebre a falta de comunicação com o rebento.
sexta-feira, agosto 17, 2007
Telejornal com ironia – Rodrigo Guedes de Carvalho
Telejornal com classe – Mário Crespo
Telejornal com sotaque – Pedro Pinto
Telejornal com humor – Jon Stewart
Telejornal com boca(s) – Manuela Moura Guedes
Telejornal com sex appeal – Clara Sousa
Telejornal sem “erres” – Judite Sousa
Telejornal com classe – Mário Crespo
Telejornal com sotaque – Pedro Pinto
Telejornal com humor – Jon Stewart
Telejornal com boca(s) – Manuela Moura Guedes
Telejornal com sex appeal – Clara Sousa
Telejornal sem “erres” – Judite Sousa
quinta-feira, agosto 16, 2007
Primeiro passo para começar a estudar – retirar o livro de estante e colocá-lo em cima da secretária, num local bastante exposto, a ponto de ser virtualmente impossível de não ver o objecto.
Segundo passo para começar a estudar – Ler a introdução do primeiro capítulo (que é introdutório).
Espaço de tempo entre os primeiro e segundo passos – Três quinze dias.
Segundo passo para começar a estudar – Ler a introdução do primeiro capítulo (que é introdutório).
Espaço de tempo entre os primeiro e segundo passos – Três quinze dias.
quarta-feira, agosto 15, 2007
terça-feira, agosto 14, 2007
Acho piada - à necessidade que os restaurantes que se especializam em grelhados têm de exibir grandes aquários com todo o tipo de fauna marítima lá dentro. Ficam, normalmente, tão apertados que pouco conseguem nadar. Já para não falar das travessas com peixe em gelo, como se ver carapaus crus abrisse o apetite. Agora, o que isto significa é que o sonho de qualquer casa de grelhados é instalar-se no Oceanário de Lisboa e cativar os olhos dos seus clientes com as garoupas enormes que se aproximam dos vidros espessos.
domingo, agosto 12, 2007
««o homem para quem o mito é um mito é o homem que já rompeu com o mito»(G. Gusdorf). Fomos nós pois que o inventámos como tal, como inventamos a infância quando chegamos a adultos. Mas na infância não há infância. Eis porque ninguém pode ter saudades da infância, porque não se podem ter saudades do que só existe quando já não existe.»
«O que a saudade pretende não é recuperar o passado e a sua realidade, mas o que nele é irreal. Porque o passado não é irrecuperável apenas por ser passado, mas porque o que nele vive é o que nunca se viveu.»
Invocação ao meu corpo, Vergílio Ferreira
«O que a saudade pretende não é recuperar o passado e a sua realidade, mas o que nele é irreal. Porque o passado não é irrecuperável apenas por ser passado, mas porque o que nele vive é o que nunca se viveu.»
Invocação ao meu corpo, Vergílio Ferreira
quinta-feira, agosto 09, 2007
quarta-feira, agosto 08, 2007
terça-feira, agosto 07, 2007
Listas de espera – Joe Berardo participou hoje numa manifestação em frente à Assembleia da República pelo mau funcionamento do Sistema de Saúde Nacional. Com ajuda do seu tradutor pessoal, o comendador juntou a sua voz a centenas de pessoas que se manifestaram contra listas de espera para actos clínicos e cirurgias nos hospitais e centros de saúde públicos. O sul-africano de origem madeirense lançou duras críticas ao tempo de espera pela marcação de uma consulta de terapia da fala no Centro de Medicina de Reabilitação do Alcoitão. “Ixte é uh’ma pôque fergounh’a”, terá dito Joe Berardo.
segunda-feira, agosto 06, 2007
domingo, agosto 05, 2007
Sobre escrever ensaios ou, genericamente, escrever com um pendor filosófico – incluir muitas vezes as palaras “absoluto”, “absurdo”, “verdade”, “todo”, etc.